CASAS, ESCOLAS E HOSPITAIS ANTICOVID
CASAS, ESCOLAS E HOSPITAIS ANTICOVID
O vídeo abaixo, publicado pelo canal El Confidencial, mostra como os arquitetos responderam à pandemia de tuberculose no início do século XX, criando espaços cada vez mais abertos e em contato com a natureza e o ar livre.
No momento em que a principal e, aparentemente, única resposta contra a pandemia da Covid-19 tem sido o isolamento social, precisamos pensar sobre a qualidade do espaço construído contemporâneo.
A tecnologia do ar-condicionado e a pressão pelo resultado econômico máximo, em detrimento da qualidade espacial, fizeram com que casas, escolas, hospitais e escritórios atuais sejam cada vez menores e mais fechados, com janelas tão pequenas que atendem aos mínimos requisitos exigidos pela legislação,ignorando totalmente sua importância como articulador e integrador entre espaço interno e externo. Pátios, terraços, jardins, são, quando existem, exclusividade do mercado de alto luxo. Some-se a isso o fechamento das varandas para ampliar os espaços internos e temos, como resultado, edifícios totalmente fechados, caixotes, sem nenhum contato com o espaço exterior.
Os edifícios contemporâneos, em sua maioria, não estão preparados para proteger a sociedade de doenças respiratórias e mentais. Precisamos, além de aguardar pelo surgimento de uma vacina, repensar o desenho das cidades, com objetivo de ampliar o contato com espaço externo e com a natureza, reforçando a importância das grandes janelas, varandas, pátios e terraços. É hora também de redesenhar os espaços públicos, aumentando a quantidade de praças e parques, além de estimular modelos de transporte menos poluentes.
Edifícios e espaços públicos de qualidade, integrados à natureza, poderão melhorar a qualidade de vida da população e contribuir para a redução da velocidade de contaminação de novas pandemias no futuro.