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RESTAURO DA SEDE DA FZB

 

O projeto de restauração da Sede da FZB foi desenvolvido pela Horizontes Arquitetura e Urbanismo, tendo como cliente final a Fundação Zoobotânica de Belo Horizonte.

O edifício original foi projetado por Oscar Niemeyer para ser a Sede do Golfe Clube de Belo Horizonte. O Golf Clube nunca chegou a existir e a edificação acabou sendo adaptada para funcionar com sede da FZB e administração do zoológico de Belo Horizonte. A edificação é tombada pelo patrimônio em três instâncias, federal, estadual e municipal (IPHAN, IEPHA e DIPC), como parte integrante do Conjunto arquitetônico da Pampulha.

O projeto de restauração foi desenvolvido entre 2014 e 2016 a partir de projeto do diagnóstico de restauro desenvolvido pela arquiteta Mônica Rocio Neves. 

Atualmente a edificação funciona como sede administrativa da Fundação Zoobotânica. A reforma da Sede da FZB tem como objetivos criar uma área de eventos, adequações para melhor funcionamento como área administrativa e resgatar a concepção original, que sofreu diversas alterações ao longo dos anos.

O trabalho envolveu duas frentes:

1-    Eliminação de interferências feitas ao longo do tempo que descaracterizaram a obra. Serão recuperadas diversas janelas e porta das fachadas que foram removidas ou tiveram suas dimensões alteradas ao longo do tempo. Um painel artístico que nunca foi executado foi previsto no projeto, a ser contratado de artista ainda não definido;

2-    Resgate e recuperação dos materiais e elementos propostos originalmente por Oscar Niemeyer. Todos os materiais de revestimento não originais serão removidos. Como não existem arquivos do projeto original, a especificação dos novos materiais levou em conta pesquisa histórica. Foram especificados materiais utilizados em outras obras de Niemeyer que foram produzidas na mesma época.

Além do restauro em si, foi projetado também um jardim ornamental ao redor da sede, inspirado em projeto original do paisagista Roberto Burle Marx, que nunca havia sido executado. O novo jardim irá contribuir ainda mais para a valorização do edifício, retomando uma parceria que aconteceu inúmeras vezes, como na orla da Pampulha e em Brasília.

Esse jardim mereceu cuidado especial para garantir a reprodução da intenção original. Tivemos que pesquisar e especificar espécies de plantas diferentes das previstas no projeto, mas que mantivessem o conceito original, já que as espécies previstas originalmente são protegidas e não podem mais ser usadas em jardins ornamentais.

Além de resgatar a memória da arquitetura modernista e a obra de profissionais tão importantes na cultura brasileira, o restauro proverá espaços mais confortáveis aos funcionários da FZB e seus visitantes, acessibilidade a pessoas com mobilidade reduzida, área para realização de eventos e se tornará novo atrativo turístico no Conjunto Modernista da Pampulha.

A previsão é que as obras sejam licitadas e iniciadas no inicio de 2017